Estágio Internacional de Budo - TenChi - Várzea de Sintra

Aqui reside a razão pela qual na próxima semana não vão haver posts meus e do Ghast por aqui ;) See ya soon.

Sing Sing Sing

O meu novo vício:



É simplesmente fantástico, supreendeu-me estar tão polido e tão bem feito e tenho-me fartado de jogar isto com (ou contra) a minha mana. Algum cantor wannabe? =)

(Para quem não sabe, este jogo é um karaoke com pontuações, e com umas barrinhas que nos dizem se tamos no tom da música ou não. Óptimo para perder a vergonha de ouvir a nossa voz ;P )

É oficial...

ESTOU DE FÉRIAS!!!!!!!!!!!!!
 
P.S.: Agora finalmente posso dedicar tempo a uns posts que tenho em mente há séculos! ;)
 

A Trupe do Do-Clube

De vuelta! E mais sobre antes do Congresso..

Voltei do Congresso. E sabem que mais? Adorei e recomendo sem hesitações a qualquer pessoa que tenha uma oportunidade parecida.

A recomendação tem razão de ser. História: Há um ano, no final do XXI Encontro Juvenil de Ciência, depois de termos recebido uma comitiva de Zaragoza, perguntaram se alguém estava disposto a ir apresentar o trabalho no seu congresso. Não surpreendentemente, viam-se algumas mãos no ar.
Mantive contacto com alguns dos participantes espanhóis, e eles lembrar-me do encontro em Espanha. Aí volto a contactar a AJC, para saber se ainda podia participar (já ia atrasado para o prazo que tinham anunciado) e não foi surpresa saber que mais ninguém do último encontro ia participar.

Bem, por esta altura, estava já a contactar o meu colega, com quem fiz o trabalho, para o avisar da viagem a Zaragoza. Parece que afinal há exames (realizado ontem) e não podia ir. Aí começa uma odisseia autêntica para encontrar alguém que quisesse passar uma semana fantástica no Norte de Espanha, com tudo pago (excepto viagem).

Ok, estamos em época de exames. Mas percorri praticamente toda a minha lista telefónica, e notava como muitas vezes algumas pessoas estavam com 'medo' de sair. Era desgastante. Ainda mal tinham entrado de férias e já se estavam a acomodar à cova do sofá. No final consegui convencer um amigo que já tinha dito que ia e tinha desistido. Posso assegurar que não se arrependeu da viagem.

Encontros destes são sempre de aproveitar, se alguém vos oferecer um lugar, nem hesitem em aceitar (é optimo para quem aceita e menos uma preocupação para quem está a oferecer...)

Have you ever?

Have you ever really looked upon you?
Have you ever shared your heart with the world?
Have you ever melted your dreams with anyone?
Have you ever gazed the astral romance between every being?
Have you ever realised the shape of a spirit?
Or engaged in communion with your best friend?
Or understood the internal micro relationships of Man and Earth?
Have you ever understood the words of a poet?
The intrinsical beauty of every moment?
Have you ever remained in silence? – the time when everything is said…
In any moment of your life have you ever been you?
The ultimate you living behind you…

Utopia

It's a strange day
No colours or shapes
No sound in my head
I forget who I am
When I'm with you
There's no reason
There's no sense
I'm not supposed to feel
I forget who I am
I forget
Fascist baby
Utopia, utopia
My dog needs new ears
Make his eyes see forever
Make him live like me
Again and again
Fascist baby
Utopia, utopia
My dog needs new ears
I'm wired to the world
That's how I know everything
I'm super brain
That's how they made me
Fascist baby
Utopia, utopia

por Goldfrapp

The Wanderer has arrived... Single White Male

Se repararam, o post abaixo não foi assinado nem por mim nem pelo Ghast, mas pelo SingleWhiteMale.

Pois bem há uns tempos atrás propus ao B. que contribuisse um pouco para este blog. A ideia era, de vez em quando, publicar aqui alguma prosa da autoria dele porque ambos parecemos ter um gosto comum pela escrita. Ele aceitou o convite como puderam ver e estou bastante curioso com a sua participação e contribuição com mais uma visão do ser.

Vai ser um prazer ler-te por estas bandas B. ;)

Até breve.

Eu e tu (1)

Quando entrei no café, vindo das gotas frias da chuva e do ar gelado, já estavas à minha espera, sentado e virado para a montra que dava para a outra rua. Não me viste entrar nem ligaste ao tilintar provocado por um pequeno guizo pendurado no topo da porta. Retirei as mãos dos bolsos e senti com as pontas dos dedos o nariz frio. Enquanto desenrolo o cachecol e abro o casaco de lã dou por mim a contemplar-te mais uma vez. Sigo a linha da mão que brinca com o cinzeiro até a linha do braço se encontrar com o teu rosto. Contorno com os olhos os teus lábios semicerrados, o teu nariz e a tua testa, seguindo depois a tua cabeça, o fim do cabelo rapado e a descida do pescoço até às tuas costas arqueadas. Este contraste entre ti e a claridade que vem da enorme montra de vidro daria uma fotografia digna de ser premiada e sinto que era capaz de ficar ali bastante tempo a observar-te enquanto vagueias distraidamente nos teus pensamentos. Chego-me perto de ti e roubo-te ao teu mundo:
- Em que pensa o meu gajo? – Ah! O sorriso! Aquele sorriso que me atou as pernas e mãos. Que me deixou meio aparvalhado e a dizer disparates naquele primeiro encontro. Os lábios têm um poder especial sobre mim desenhados assim em sorriso. Os dentes alinhados e brancos. A casa da voz que me fala directamente ao coração.
- Lamechices! Vê tu bem o que eu ‘tava a pensar!
- Estávamos em sintonia portanto. Já te disse o quanto gosto de ti?
- Ena... Começaste cedo hoje. Vais ficar em pé?
- Seria original. – Disse enquanto me sentava. O teu rosto não era perfeito. Não eras saído de uma embalagem de plástico pronto para cozinhar e para agradar a todos os gostos. As nossas pernas tocam-se e pousas uma mão no meu joelho, afagando-o com o polegar. O teu toque é agradável.
- Que queres beber? Antes que eu comece a falar sem parar...
- Como de costume! A tagarela imparável...
- Parvo. Como eu estava a dizer, é melhor pedirmos qualquer coisa antes de começarmos a conversar porque hoje sinto-me capaz de falar horas!
- Não me digas que há dias em que não te sentes assim.
- Alguém acordou cheio de humor hoje! Por falar nisso, já vai sendo altura de não dormires até tão tarde e sobretudo não te atrasares...
- Hum, hum... Não íamos pedir qualquer coisa? – Faço sinal ao empregado. – É melhor não pedires alguma coisa com cafeína.
- Paixão, estamos num café! Ainda me batem se não consumir cafeína. – Apertas-me o joelho.
- Isso faz cócegas...
- Temos de tratar dessas cócegas... – Piscas-me o olho.
- Controla-te. – O empregado aproxima-se e não se esforça em ser simpático, limitando-se a dizer um simples ‘Bom-dia, o que vai ser?’ e sem grande convicção – Eu quero um Chocolate Quente e... hum... meia torrada mas com pouca manteiga. E tu?
- Eu quero um café com natas com muita cafeína! – Dizes com um ar provocador olhando para mim. O empregado não acha muita piada e mais uma vez pergunta mecanicamente ‘É tudo?’. Respondo afirmativamente e ele volta para o balcão. Começas imediatamente a falar sobre um debate que tinhas visto ontem na televisão. Falas muito com as mãos e com paixão. Gosto de ti. Apetece-me repetir. Mas fico a ouvir-te e a observar-te. Vejo-me abraçado a ti mas forço-me a voltar às tuas palavras. Vais certamente pedir a minha opinião a meio da conversa e quero estar à altura.

(continua)

Os Anjos que desceram à Terra

Ontem terminou, brilhantemente, a série Angels In America. No fim, naqueles instantes em que os créditos percorrem o ecrã, estava quase como que numa simbiose de apatia e alegria profunda, sem articular a mais pequena palavra - aquela hora de televisão foi das melhores que me lembro de assistir.

O conceito da série, o tom profético anunciado, a dimensão artística perpetuada, o drama teatral muito bem explorado, os diálogos eloquentes entre os personagens, todo a complexa dimensão gerada pela personagem da Harper [fascinou-me particularmente ;)]. Fantástico. Vale bem a pena ver e rever com atenção.

"I dreamed we were there. The plane leapt the tropopause, the safe air, and attained the outer rim, the ozone, which was ragged and torn, patches of it threadbare as old cheesecloth, and that was frightening. But I saw something that only I could see, because of my astonishing ability to see such things: Souls were rising, from the earth far below, souls of the dead, of people who had perished, from famine, from war, from the plague, and they floated up, like skydivers in reverse, limbs all akimbo, wheeling and spinning. And the souls of these departed joined hands, clasped ankles, and formed a web, a great net of souls, and the souls were three-atom oxygen molecules, of the stuff of ozone, and the outer rim absorbed them, and was repaired. Nothing's lost forever. In this world, there's a kind of painful progress. Longing for what we've left behind, and dreaming ahead. At least I think that's so."

Y Viva España!

Durante estes ultimos dias tenho andado um pouco atarefado. Não imaginam como pode ser complicado comprar bilhetes para Zaragoza quando se vive no Algarve.

Pois é, vou participar num encontro internacional de jovens investigadores(ICIJA) e durante a próxima semana vou tirar umas férias da Blogosfera ;)
Mas antes, queria destacar aqui a AJC - Associação Juvenil de Ciência.

É através desta associação que vou poder ir a Zaragoza, e graças a ela, passei em anos anteriores, semanas incríveis em Lisboa e no Porto. É uma das poucas associações portuguesas que conheço, dedicadas à ciência, e tem projectos muito interessantes, é só ver a página.
Tal como o nome indica - Juvenil - é uma associação que está focada nas escolas secundárias, mas nada impede que estudantes universitários aproveitem estas actividades.

Tomei conhecimento desta associação completamente por acaso, enquanto fazia um projecto de verão nos laboratórios da Universidade do Algarve, e durante toda a minha secundária, nunca ouvi falar dela. É realmente uma pena, os Encontros que eles promovem são grandes experiências que recomendo completamente (à dois anos, tivemos direito a óptimas palestras *grátis*, com variadíssimos temas, dadas por pessoas como o João Lobo Antunes, ou o Jorge Buescu).

Já disse que estes encontros são completamente pagos por eles? Só precisam participar com um trabalho, escrito ou prático. Força =D

Lembram-se de "Onde Está o Wally?"

Divirtam-se a procurá-lo!

Sugestão: se acharem muito complicado encontrá-lo nesta imagem pequena, cliquem em cima dela para obter uma versão ampliada :)

O Anjo do Livre Arbítrio

"Shin Seiki Evangelion" ou "Neon Génesis Evangelion" é um daqueles anime de culto que me marcou [mais agora que na altura em que vi pela primeira vez, diga-se] pela forma profunda como são explorados os diálogos, as relações que se estabelecem entre os personagens, a simbologia por detrás do enredo, os Anjos como reunificadores do terreno e do divino, os Três Impactos [a criação do mundo e da vida; a vinda dos anjos para a Terra; e a reunificação dos universos - o que tem implícito o fim da Humanidade]. O Terceiro Impacto aparece como a solução filósófica para o "pecado" da Humanidade: é apocalipse, o renascer da Humanidade, a fusão de todos os seres até deixar de existir o limite entre a perfeição e a imperfeição, onde os vazios de cada um se vão preenchendo e as barreiras que nos individualizam desaparecem - e isto requer que todos os seres sem excepção participem [o que não é de todo consensual como devem imaginar].


Um dos Anjos cruciais para o desenrolar do Terceiro Impacto é Tabris, ou, na sua "forma humana" Kaworu Nagisa [na foto]. Ele é o 17ª Anjo - o anjo do livre arbítrio. Aparece na série como a 5ª Criança, que é o quinto piloto dos EVA [os mechas usados pela Humanidade na batalha contra os Anjos]. O seu aspecto frágil permite-lhe facilmente estabalecer contacto e amizade com os restantes pilotos dos EVA [nomeadamente Rei e Shinji] para assim conseguir alcançar a sua missão - fundir-se com o corpo do 1º Anjo, Adam. No entanto Kaworu desenvolve uma relação muito próxima de Shinji, por vezes acentuada com algum homoerotismo [como na cena em que tomam banho juntos], e que mais tarde vai fazer com que fracasse: quando se apercebe que o que havia encontrado era o corpo do 2º Anjo, Lilith e não de Adam, Kaworu oferece a liberdade da vida a Shinji, permitindo que este o destrua.

A androginia de Kaworu e a relação homoerótica deste com o personagem principal da história deram origem a várias outras histórias e, como não seria de estranhar, ficou perpetuada no universo do Yaoi - e na internet não faltam fan-fics com estas duas personagens.

Quando vi a série pela primeira vez na SIC, já há alguns anos atrás, nem me apercebi de estar a presenciar pela primeira vez uma história onde existiam cenas com teor homossexual. Agora que consigo analisar melhor a dimensão artística, filosófica e conceptual do Neon Génesis Evangelion, aconselho-o a todos.

Só para terminar, o Terceiro Impacto falha. Quando se atinge aquele estado onde todos estamos interligados, sem qualquer forma, sem dor e sem alegria, navegando por entre mares de vivências fundidas, deixa de haver sentido para a existência. Esta é a razão pela qual o Terceiro Impacto falha.

Sophia