terça-feira, agosto 23, 2005

Viagem pela Ciência

Falando de livros, não resisto a recomendar a todos aquele que ando a ler. Trata-se da 'Breve História de Quase Tudo' de Bill Bryson. Este autor, habitualmente escritor de livros de viagens, transporta-nos desta vez numa viagem pela ciência, em quase todos os seus ramos. Explica, de forma clara e divertida, o porquê de estarmos hoje aqui e mais importante que isso, a maneira como isso foi descoberto. Porque além de mentes brilhantes, os cientistas responsáveis pelas principais descobertas no seu ramo sofrem geralmente de paranóias, rivalidades e problemas conjugais que geralmente não aparecem referidos nos livros. Isso torna a narrativa muito fluída e de leitura fácil, sem sair do humor inteligente.


Podemos então, na perspectiva do senso comum, ficar a saber o que é o Big Bang, como é constituído o Universo, quem inventou a Tabela Periódica ou as consequências que a radiação teve na família Curie. Da Biologia à Química, passando pela Física e pela Geologia, somos levados através de um grande resumo daquilo a que chamamos Ciência. Vale a pena ler!

quarta-feira, agosto 17, 2005

Demons

Emprestaram-me à uns dias o Anjos e Demónios (do Dan Brown) e já o comecei a ler. Sobre a parte inicial posso dizer que... não gostei!!!!

Por uma razão muito simples: cientificamente, o livro está muito difícil de engolir. Deu para desconfiar quando a certa altura, uma das personagens fala da descoberta da anti-matéria como a revolução do último milénio, e como com ela pode provar a existência de Deus, mas há duas frases que destruiram completamente a parte inicial.

"A boa ficção-científica assenta na boa ciência.", referindo-se ao Star Trek.

Bem... Star Trek não é ficção científica! Tal como o Star Wars, são histórias do domínio da fantasia, para ser ficção científica teria que ter bases científicas (duh). E tecnologias como Warp Speed e Tradutores Universais para o Inglês metem o Star Trek mais próximo do Senhor dos Anéis que da ficção científica.

"Matéria a partir de energia? Qualquer coisa a partir de coisa nenhuma? É praticamente a prova de que o Génesis é uma possibilidade científica"

É irónico que a personagem que faz esta afirmação, no livro gaba-se de ter refutado uma das teorias do Einstein... quando o que acaba de dizer está completamente em contradição com uma das conclusões mais famosas dele. Energia e Matéria são intermutáveis, E=mc^2. E energia não é coisa nenhuma! (a certa altura o director supremo do CERN fica muito surpreendido quando a que conseguiu fazer anti-matéria, diz-lhe que também conseguiu fazer "energia pura". Terão sido fotões?)


Enfim, esta parte inicial está um desastre. Mas é capaz de melhorar, agora vem a parte de aventuras, em que vão desmantelar uma bomba de anti-matéria colocada algures no Vaticano pelos Iluminati durante um conclave. Hum...

quinta-feira, agosto 11, 2005

Conclusão do dia

O Código DaVinci é como o Naruto. Os capítulos são pequenos, e quando acabamos um, é impossível não ler o próximo.

Por esta ordem de ideias, podemos também dizer que ambos os livros são como as cerejas.

sexta-feira, agosto 05, 2005

Poesia da Natureza Humana

Fosse eu (que às minhas custas já sou
Uma daquelas estranhas criaturas prodigiosas chamadas homem)
Um espírito livre para escolher por mim próprio
Que invólucro de carne, e de sangue, me agradasse usar,
Seria um cão, um macaco o um urso.
Ou qualquer outra coisa que não fosse esse animal vaidoso
Que tanto orgulho tem em ser racional.
Os sentidos são demasiado grosseiros,
E um sexto irá inventar para contradizer os outros cinco;
E, em vez de preferir o instinto certo, irá preferir
A razão, que erra uma em cada cinquenta vezes.

John Wilmot, Earl of Rochester

terça-feira, agosto 02, 2005

Férias


Bem, vou passar o mês de Agosto ao Algarve, pelo que o blog vai andar meio parado durante o próximo mês. Vou tentar manter alguns posts entretanto, mas não sei se terei acesso à internet por lá. Depois quando voltar em Setembro retomo alguns assuntos que queria abordar aqui. Assim, para quem puder, boas férias!

A noite do Metal

E cá estou de volta do Festival Vilar de Mouros. Fizemos cerca de 900 km em dois dias, chegámos ao fim sem sentir as pernas, mas o espectáculo a que assistimos valeu bem a pena. O dia começou com Oratory e Johnny Panic que não me apelaram minimamente, talvez pelo som, talvez por ainda ser muito cedo e ter expectativas muito elevadas relativamente ao resto da noite. Fiquei agradavelmente surpreendido com Anathema: apenas conhecia o último album A Natural Disaster, mas o concerto que deram foi muito bom, com uma boa interacção com o público. Em seguida foram os Within Temptation - Sharon den Adel no seu melhor, mexendo os braços freneticamente. Trouxeram para palco um cenário engraçado mas que, no entanto, limitava um pouco a acção dos elementos da banda. Começaram com o ultimo album Silent Force, mas no final do concerto apresentaram várias músicas de Mother Earth e do inicial Enter. E, por fim, depois de mais de uma hora de pé à espera, chegaram os Nightwish. O concerto foi excelente, apenas com alguns problemas técnicos inicialmente - que levaram Tarja a abandonar o palco a meio de uma música. A setlist passou por varios albuns com predominancia no Once - e este album fica lindo ao vivo! A Slaying the Dreamer foi suficiente para dar um jeito ao pescoço.... A Ghost Love Score e a Wishmaster fizeram-me vibrar por dentro... A Nemo pôs toda a gente a cantar. Foi uma noite a recordar, e só tenho pena de nao ter tirado mais fotos. Espero agora que, num futuro próximo, os Nightwish possam vir a Portugal sem ser em Festival! \m/