sexta-feira, agosto 05, 2005

Poesia da Natureza Humana

Fosse eu (que às minhas custas já sou
Uma daquelas estranhas criaturas prodigiosas chamadas homem)
Um espírito livre para escolher por mim próprio
Que invólucro de carne, e de sangue, me agradasse usar,
Seria um cão, um macaco o um urso.
Ou qualquer outra coisa que não fosse esse animal vaidoso
Que tanto orgulho tem em ser racional.
Os sentidos são demasiado grosseiros,
E um sexto irá inventar para contradizer os outros cinco;
E, em vez de preferir o instinto certo, irá preferir
A razão, que erra uma em cada cinquenta vezes.

John Wilmot, Earl of Rochester