COWPARADE Lisboa

Alguém se lembrou de usar o Brokeback Mountain como ideia base para fazer publicidade à Cowparade em Lisboa... eu acho que está bem conseguido!

Way of the Master - or not

O Ang3luz mostrou-me este vídeo hoje, duas pessoas a ensinar como converter um ateísta num "believer".

The Beauty of a Broken Spirit - Atheism

Never again do you need to be intimidated by an atheist. Learn how to prove God's existence and effectively witness to these so-called "intellectuals".


Como o vídeo é grande, ficam aqui os pontos altos e o que eles dizem:
(para não haver confusões, um ateísta é alguém que afirma que deus não existe, e um agnóstico é, geralmente, alguém que considera o conceito de deus irrelevante e não o considera importante para a sua vida)


- É preciso mais fé para ser ateísta que crente, porque ignoras mais factos;

- Ateísta é exactamente o oposto de intelectual;

- Afirmam que a banana (fruta) foi desenhada (claro, como tudo), e é como é para facilitar a vida ao homem: é fácil de descascar, não escorrega da mão, e tem o tamanho ideial pra nossa boca; (fiquei parvo a ouvir eles dizerem isso com o ar mais sério do mundo... mas por outro lado, pode-se usar os mesmos argumentos e dizer que o pénis foi desenhado para o sexo oral);

- Não importa se acreditas em Deus ou não, se és islâmico ou ortodoxo ou budista, quando morreres vais ser julgado por deus, segundo o que a bíblia cristã diz;

- Comparam um carro com uma pessoa, dizendo que se o carro foi desenhado, a pessoa também tem que ser;(embora o carro não tenha meios nenhuns para se reproduzir por ele e evoluir, o que torna a comparação inválida)

- Quando falam em afirmações absolutas, para eles "There is no gold in China" é uma afirmação absoluta, porque tens que ter conhecimento de uma quantidade formidável de informação pra saber se NÃO há ouro na China, mas a frase "There is gold in China" já não é uma afirmação absoluta porque se levares pra lá ouro, podes prová-la; (weird....)

- Ateísta é o mesmo que sabichão, alguém que acha que sabe tudo; (assim não admira que os ateístas sejam mal vistos nos EUA)

- Agnóstico é alguém que não sabe se deus existe ou não, e portanto está a um passo de ser convertido; (um agnóstico normalmente tá-se cagando se existe deus ou não, por isso é que diz que não sabe)

- Confiam completamente no senso-comum; (o mesmo senso que diz que o sol anda à volta da terra)


O sentimento geral que me deu este programa, foi de alguém que se sente desautorizado pelo que "a ciência" diz, e como não pode estar errado, aqui está a dizer como é que acha que as coisas são.

Hilariante é, durante o programa, equipararem a investigação com base em papers científicos, com investigar literalmente o que a bíblia diz, como se os dois métodos conduzissem a conclusões igualmente válidas. Isso é o que eles fazem no Islão ("deixa ver, és mulher e cometeste adultério.... ok, aqui diz que deves ser apedrejada. Força!")

Internet Laws

Algumas leis da internet (via Wikipedia):


"Rule #4: As an online discussion grows longer, the probability of a comparison involving Nazis or Hitler approaches one."

"Rule #34: There is porn of it. No exceptions." -> Se a personagem existe, há porno com ela;

"Rule #78: There is a crack of it. No exceptions." -> Se o programa existe e está protegido, existe um crack para o programa;

Once Upon a Time in the Netherlands

Esta semana que passou foi uma lufada de ar fresco na minha estadia aqui pelo país das tulipas. Foram sete dias para tentar repôr todas as saudades tuas [mas fica sempre a saber a pouco :P], a tentar aproveitar todos os momentos contigo e a passear por algumas cidades holandesas, a andar, a andar mais, a andar mesmo muito. O plano diário foi basicamente: Delft, Amsterdam, Den Haag, Amsterdam (one time is not enough for this city!), Rotterdam e Delft para a despedida. No dia da chegada acordei em pulgas, repleto de ansiedade, mas o dia intenso de trabalho no laboratório cansou-me bastante - mas quando te vi a descer do comboio senti-me radiante! É verdade, estar longe de ti é aquilo que mais me custa por estar na Holanda, porque isto até é um país muito cosy ;)
Esta semana foi o realizar de algo que sempre quiz e que até agora nunca tivemos oportunidade de concretizar e por isso aqui vai um pequeno resumé dos últimos dias:

Dia 1 - Delft
Primeiro dia, foi para conhecer a cidade de Delft. Eu tive de trabalhar ainda e portanto o Rui andou a passear sozinho... shame on me! Durante a tarde ainda conheceu a minha faculdade e um pouco daquilo que é o meu dia-a-dia. Depois foi o jantar em casa e o preparar do dia seguinte. E claro, pôr em dia tudo aquilo que não temos partilhado no último mês e meio...

Dia 2 - Amsterdam I
Aproveitando o primeiro feriado, fomos de manhãzinha a caminho de Amsterdam para conhecer esta cidade magnífica, com as suas casas completamente tortas, a completa diversidade cultural, coffee houses e mushroom houses, etc etc. Passámos pelo Homomonument (foto em baixo), um monumento erguido em 1987 (sim, há quase 20 anos!) em memória de todos os homossexuais perseguidos e mortos e em honra de todos aqueles que dão a cara pela liberdade e direitos humanos, em defesa daqueles que não têm uma orientação sexual heterossexual. O monumento tem uma simbologia e design engraçados, que logo explorarei noutro post. Fomos ainda ao Sex Museum que, pelo preço e conteúdo, vale mesmo a pena! Fartámo-nos de andar por entre ruelas, parámos várias vezes no Dam Square, visitámos o Red Light District que estava particularmente cheio de familias (desde a avozinha aos bébes) e adolescentes! Ao anoitecer ficámos tão cansados que resolvemos voltar a Delft, para descansar e repôr baterias para o dia seguinte.

Dia 3 - Den Haag
Passear por esta cidade que oscila entre o cosmopolita e o tradicional foi fantástico! Embora já lá estivesse estado antes, é fantástico as coisas que eu descubro ao observar novamente através dos olhos do Rui. Encontrei uma loja de fantasia, a Elf, a vender as cenas mais fantásticas do Lord of The Rings e do universo do Tolkien, fadas, elfos e gnomos, muito gira mesmo! O momento alto do dia foi quando percebi que a praça que tinha andado à procura o dia todo, era uma por onde já tinha passado umas 4x de manhã, mas que não reconheci porque o meu ponto de referência tinha desaparecido... um McDonalds... que nos valeu umas belas gargalhadas.


Dia 4 - Amsterdam II
No Domingo resolvemos dormir de manhã e voltar a Amsterdam durante a tarde, embora com algum receio que a cidade estivesse um pouco vazia, por ser domingo de Páscoa... wrong! A cidade estava a abarrotar de gente por todo o lado! Visitámos quase todo o Sul da Rua Amstel, com as rainbow-flags hasteadas um pouco por todo o lado, lanchámos/jantámos no Ritz Bar, e ainda fomos dar mais umas voltas pelo Red Light District donde resultou a foto nocturna em baixo.

Dia 5 - Rotterdam
Depois de grande indecisão, lá concordámos em ir a Rotterdam no penúltimo dia da estadia do Rui cá. Era uma novidade para os dois, e é também uma cidade completamente diferente de todas que visitámos até agora. Muito cosmopolita, com enormes edifícios espelhados, tudo muito característico de um centro financeiro, e continuamente em construção. Visitámos as famosas casas cúbicas, com um design muito curioso e a Space Tower no outro canto da cidade... mais uma vez fartámo-nos de andar e no final da tarde já não sentia as pernas. Para ajudar, resolvemos "cortar caminho" por um bairro residencial com muito mau aspecto... mas foi da maneira que chegámos mais depressa à estação hehe!

Dia 6/7 - De volta a Delft e a Despedida
O último dia gostava de o ter passado sempre junto ao Rui, mas foi complicado porque tive de ir ao laboratório. Estivémos os dois um pouco nostálgicos - despedida anunciada. Fomos comemorar o último dia no restaurante japonês Fu Sha, com um jantar muito bom, e não muito caro! E com direito a sushi, sashimi, tenpura e espetadas de galinha. Depois ainda passeámos um pouco por Delft, já quase vazia durante a noite. Na manhã seguinte fui deixar o Rui no comboio e, no meio de algumas lágrimas e de umas peripécias com um atraso nos comboios, lá o vi partir a caminho do Aeroporto de Schiphol.


Á medida que via o comboio sair só me vinham à cabeça todos os momentos que passámos juntos nesta última semana. Comecei a olhar a cidade de outra forma. Nestes poucos dias que aqui estiveste, preencheste este vazio que sentia desde que saí de Lisboa. Conto os dias para te poder voltar a abraçar - se tudo correr bem, vai ser já em Junho! Obrigado por toda a inspiração que dás à minha vida Rui,

Amo-te

Bio Geek

Make ma make ma make, break ba break ba break, cut cu cut cu cut, bind ba bind
Enzymes, enzymes, enzymes

They speed reactions--they catalyze
Without them life would stop on a dime
Because of them cells work just fine
They're blinding fast-they're so sublime

Enzymes-proteins with active sites
That bind their substrates just right
Induce their fit to bind tight, Oh...

Some (anabolic) enzymes make-they make the protein in steak
Some (catabolic) enzymes break-cut up the steak you intake.* Oh...

Lock la lock la lock, key ka key, enzymes/substrates like lock and key
Enzymes, enzymes, enzymes

They're regulated under control
Some work in groups--each has a role
Make up pathways with a final goal
Final product can feed back to slow the whole.**

Enzymes have allosteric sites,
Inhibitor bound from the back
Stops the enzyme in its tracks. Alternatively...

The active site can be knocked out of commission
In competitive inhibition-fights for the substrate's position. Whoa…

Make ma make ma make, break ba break ba break, cut cu cut cu cut, bind ba bind
Enzymes, enzymes, enzymes

Lower the energy it takes (the activation energy)
To get reactants through the transition state
To make products 'fore it's too late
So your life depends upon those great... ENZYMES!

ENZYMES
by Arthur W. Siebens, Ph.D
FONTE: BioSongs.com

Poffertjes num Domingo à tarde

Hoje o dia esteve "muito" agradável, e o sol até aqueceu um bocadinho. Por isso, esta tarde resolvi seguir uma antiga sugestão da minha amiga Gabi, e fui experimentar os famosos poffertjes de uma pastelaria na praça central de Delft, Het Wapen van Delft.
Os poffertjes são um género de mini-panquecas, servidos em várias especialidades [ananás, chocolate e gelado, etc..]. Esta pastelaria é muito conhecida, em grande parte pelo facto do ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, aqui ter vindo experimentar a doçaria. A presença foi de tal forma marcante que têm uma foto com ele à entrada da pastelaria, e existe uma especialidade de poffertjes Bill Clinton [servidos com muito chantilli e morangos por cima... wonder why..].. Mas a verdade é que estas mini-panquecas são muito boas! e, citando a Gabi, só não são mais viciantes porque não são propriamente baratas.
A pastelaria em si também tem um ambiente muito acolhedor, um tanto rústico [e com uma esplanada na praça], e encerra em si uma das perguntas que eu gostaria de ver esclarecidas: porque razão fazem as casas com um tecto tão baixo, quanto o povo holandês é relativamente alto?

A semana que passou foi particularmente agitada no laboratório... principalmente pelo facto de ter estado um dia inteiro a fazer ensaios enzimáticos e no final do dia ter deitado os extractos celulares fora... o que implica não poder determinar conteúdos proteicos totais, e como tal ter de repetir tudo novamente para a semana :D No entanto o espírito deste grupo de investigação é excepcional! Durante esta semana houve comemorações em dois dias - sempre que alguém faz anos, toca uma sirene no edificio, e o grupo reune-se todo na sala a comer bolos e a relaxar! E como isto é tudo pessoal party-a-holic, as comemorações vão ser estendidas a sempre que alguém publicar um artigo!

Esta semana vou receber as primeiras visitas de Portugal, e sem querer parecer tendencioso, a mais importante :P! Como tenho sexta e segunda-feira livres, vou aproveitar estes 4 dias para ir passear com o Rui pela Holanda e, obviamente, revisitar Amsterdam!! Estou ansioso para que chegues ;)

Debate sobre o Intelligent Design

"The only debate on Intelligent Design that is worthy of its subject"

"Moderator: We're here today to debate the hot new topic, evolution versus Intelligent Des---

(Scientist pulls out baseball bat.)

Moderator: Hey, what are you doing?

(Scientist breaks Intelligent Design advocate's kneecap.)

Intelligent Design advocate: YEAAARRRRGGGHHHH! YOU BROKE MY KNEECAP!

Scientist: Perhaps it only appears that I broke your kneecap. Certainly, all the evidence points to the hypothesis I broke your kneecap. For example, your kneecap is broken; it appears to be a fresh wound; and I am holding a baseball bat, which is spattered with your blood. However, a mere preponderance of evidence doesn't mean anything. Perhaps your kneecap was designed that way. Certainly, there are some features of the current situation that are inexplicable according to the "naturalistic" explanation you have just advanced, such as the exact contours of the excruciating pain that you are experiencing right now.

Intelligent Design advocate: AAAAH! THE PAIN!

Scientist: Frankly, I personally find it completely implausible that the random actions of a scientist such as myself could cause pain of this particular kind. I have no precise explanation for why I find this hypothesis implausible --- it just is. Your knee must have been designed that way!

Intelligent Design advocate: YOU BASTARD! YOU KNOW YOU DID IT!

Scientist: I surely do not. How can we know anything for certain? Frankly, I think we should expose people to all points of view. Furthermore, you should really re-examine whether your hypothesis is scientific at all: the breaking of your kneecap happened in the past, so we can't rewind and run it over again, like a laboratory experiment. Even if we could, it wouldn't prove that I broke your kneecap the previous time. Plus, let's not even get into the fact that the entire universe might have just popped into existence right before I said this sentence, with all the evidence of my alleged kneecap-breaking already pre-formed.

Intelligent Design advocate: That's a load of bullshit sophistry! Get me a doctor and a lawyer, not necessarily in that order, and we'll see how that plays in court!

Scientist (turning to audience): And so we see, ladies and gentlemen, when push comes to shove, advocates of Intelligent Design do not actually believe any of the arguments that they profess to believe. When it comes to matters that hit home, they prefer evidence, the scientific method, testable hypotheses, and naturalistic explanations. In fact, they strongly privilege naturalistic explanations over supernatural hocus-pocus or metaphysical wankery. It is only within the reality-distortion field of their ideological crusade that they give credence to the flimsy, ridiculous arguments which we so commonly see on display. I must confess, it kind of felt good, for once, to be the one spouting free-form bullshit; it's so terribly easy and relaxing, compared to marshaling rigorous arguments backed up by empirical evidence. But I fear that if I were to continue, then it would be habit-forming, and bad for my soul. Therefore, I bid you adieu."

via The Abstract Factory

Sketches from Delft #5

Neste fim-de-semana participei num evento relacionado com a biotecnologia que decorreu aqui em Delft, o BioPop [e para o qual estive a contribuir durante a semana passada pintando alguns placards de amarelo e vermelho...]. A ideia do evento é muito interessante: para além de mostrar às pessoas o que é a biotecnologia, com uns mini-laboratórios focados em tópicos concretos, haviam também discussões de alguns temas [segurança alimentar, organismos transgénicos, cancro, etc], em que os visitantes eram convidados a entrar no debate, moderado por jovens cientistas. Como o evento decorreu no centro da cidade, havia afluência de todo o tipo de pessoas. Existia também uma zona dedicada ao público abaixo dos 10 anos, com jogos de biotecnologia em computadores, desenhos para colorir e muitos marshmallows. O único senão foi o facto de estar tudo apresentado em neerlandês - nas experiencias não era muito importante, porque os orientadores sempre iam explicando em inglês, mas as discussões eram todas em neerlandês o que limitou o acesso a quem não domina a língua.

A primavera parece que começou a dar de si - já começam a haver flores de todas as cores nos jardins, já vamos tendo menos dias nublados mas, a acompanhar, tem feito tanto vento que por vezes é muito complicado andar a passear. A mudança de hora também fez com que já tenhamos sol até quase às 21h, o que é muito bom!

E esta semana vou continuar com as fermentações!