Tempo de Poesia
Há muito tempo que não faço nenhum post sobre poesia. A poesia sempre foi uma constante na minha vida, muito incentivado por uma professora minha de Físico-Química do 9º ano, que me expandiu os horizontes para além da ciência e das artes . Por isso, hoje quando me apeteceu falar aqui de poesia, lembrei-me de um poeta que sempre admirei - de seu nome António Gedeão, ou também Rómulo de Carvalho, enquanto professor de Ciências Fisico-Químicas. Aqui fica então o seu "Tempo de Poesia".
Todo o tempo é de poesia
Desde a névoa da manhã
à névoa do outo dia.
Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia
Todo o tempo é de poesia
Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas qua amar se consagram.
Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.
Todo o tempo é de poesia.
Desde a arrumação ao caos
à confusão da harmonia.
Desde a névoa da manhã
à névoa do outo dia.
Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia
Todo o tempo é de poesia
Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas qua amar se consagram.
Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.
Todo o tempo é de poesia.
Desde a arrumação ao caos
à confusão da harmonia.
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