quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Gaivota

Manhã de Estio
Solta no ar esse pássaro febril
Solta as amarras ao poeta louco
Que neste tempo
[neste sabor a mar]
Todo o amor é pouco

Crava nesse monstro marinho
Nesse Adamastor rebelde
Uma lança de sabedoria
Vai construindo no teu caminho
A esperança de um novo orgulho
[Enche o peito de ousadia e GRITA!]

Alimenta de fervor
Esses corpos sedentos de poesia
[sentimento insano!]
Vai sepultando esse teu pudor
Ao sabor da maresia
[Homem! age como a gaivota
Livre de todos os medos
Feliz numa itinerante aparição
Voa no vento, na emoção, no tempo, no tempo
Em constante revolução]

por Nuno Tenazinha in "Nascido do Mar"