terça-feira, junho 29, 2004

E assim gira a entreter a razão... ou ainda Portugal XXI

Há algumas coisas que mexem com as minhas entranhas. Que me arrepiam de tão medonhas. Porque podia tudo ser muito mais simples.

Refiro-me aos casos apresentados nesta notícia e neste post. Ambos remetem para situações que podiam ser evitadas se houvesse o mínimo de esforço em quebrar os preconceitos que geram este tipo de discriminação. Porque de facto no papel (refiro-me ao 13º artigo da Constituição) tudo funciona muito bem, mas as mentalidades não se mudam de um dia para o outro. E a confusão que cenas de afectos gera a muitos, inibe ainda o expressar de um dos direitos mais básicos [e naturais(?)] do ser humano: o direito de sentir-se a si e aos outros.

É preciso revolver a razão para que as mentalidades se dignem a sair da sua posição estagnada no tempo disponibilizando-se para um mundo plural - porque como já aqui disse antes, ao limitarmos os outros na sua plenitude de expressão, estamos a vendar os nossos olhos para a possibilidade de crescermos mais um pouco com eles.

Deixo aqui o meu apoio [virtual(?)] aos intervenientes referidos acima e também a todas as vítimas desta homofobia enraizada no nosso dia-a-dia.


P.S.: acabo com este excerto de uma letra da Alanis:

we would stay and respond and expand and include and allow and forgive and
enjoy and evolve and discern and inquire and accept and admit and divulge and
open and reach out and speak up
This is utopia this is my utopia
This is my ideal my end in sight